A Prefeitura de Tibau do Sul recebeu prazo de 15 dias para apresentar avanços no plano de manejo das falésias de Pipa, no Rio Grande do Norte, incluindo um estudo da capacidade de carga da região. O objetivo da medida é dimensionar as pressões sobre as encostas e garantir a preservação ambiental e a segurança de moradores, turistas e trabalhadores.
A cobrança acontece após mais um acidente registrado no último domingo (7), quando duas pessoas ficaram feridas em um deslizamento na Praia do Madeiro. Após o episódio, a Defesa Civil do município interditou o acesso a cinco chalés de hotel situados na parte superior da falésia que sofreu deslizamento também.
Relatórios técnicos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) já sinalizavam, desde 2017, que as praias de Pipa representam risco iminente à vida humana, com pontos de erosão em estado avançado, e ocupação irregular por instalações turísticas e comerciantes.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que determinou a medida, desde 2021 o município se comprometeu a elaborar um plano de manejo e o estudo de capacidade de carga. Na última terça-feira (9), foi cobrada uma atualização à respeito do plano.
As ações devem incluir fiscalização periódica, instalação de depósitos adequados para resíduos e o ordenamento das barracas e demais atividades.
O Projeto Falésias, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também foi acionado para um entendimento técnico atualizado das medidas – urgentes e estruturais – que devem ser adotadas na área.
