Quase um mês após a Justiça deferir uma medida cautelar para proteger a vice-prefeita de Macaíba, Raquel Rodrigues, de ataques e violência política de gênero, o réu do processo, o vereador Reginaldo, ainda não foi citado. Apesar da decisão judicial, o parlamentar segue utilizando as redes sociais para proferir ofensas e ataques contra a vice-prefeita, descumprindo a ordem judicial.
“Fui alvo de violência política de gênero. Tentaram me calar com ataques e humilhações — não só como mulher, mas como vice-prefeita, como voz do povo de Macaíba. A Justiça reconheceu nosso direito e determinou medidas para nos proteger, mas ele insiste em descumprir”, afirmou Raquel.
A vice-prefeita reforça que a luta contra a violência política de gênero é uma pauta coletiva e urgente.
“O que fizeram comigo é violência, e isso não dá mais para aceitar. Essa vitória na Justiça não é apenas minha; é de todas as mulheres que já foram silenciadas por ocupar espaços de poder. Mais da metade das mulheres na política já sofreu violência de gênero. É real. E precisa parar”, destacou.
Nos últimos dias, o vereador voltou a atacar Raquel com acusações de nepotismo — alegação que não encontra respaldo nos fatos ou na gestão da vice-prefeita. A nova ofensiva é interpretada como uma tentativa de desviar o foco da violência política de gênero reconhecida judicialmente, numa estratégia de inversão de papéis para deslegitimar a vítima.
Perseguição política
A insistência do vereador em concentrar ataques exclusivamente na vice-prefeita, ignorando outros agentes políticos de Macaíba, tem sido interpretada por observadores como uma estratégia de perseguição política. Para aliados de Raquel, o objetivo seria desgastar a imagem da vice-prefeita, que vem conquistando espaço e reconhecimento pelo trabalho à frente da gestão municipal.
O direcionamento recorrente contra uma única figura pública, especialmente uma mulher em posição de poder, reforça a tentativa de deslegitimar sua atuação e enfraquecer sua liderança.