A detecção precoce do câncer de mama por meio da mamografia e as estratégias para o tratamento individualizado, orientadas a partir da biópsia, ampliam significativamente as chances de cura. No entanto, a desinformação, propagada principalmente por fake news que circulam nas redes sociais, têm desencorajado a realização dos exames preventivos e, consequentemente, ampliado o número de óbitos pela doença que é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do RN e PB (CRTR16), Fontaine Araújo, o problema é grave e atinge, principalmente, as camadas mais humildes e carentes de meios de informação correta. “É um problema que sempre existiu, mas atualmente é uma epidemia de desinformação que afeta a saúde e a vida de inúmeras mulheres.
Precisa ser combatido com máxima força pela Justiça e denunciado por todo cidadão responsável. Afinal, muitas mulheres têm deixado de realizar a mamografia por receios infundados, seja por medo da dor, da radiação ou infelizmente por causa de fake news que circulam nas plataformas das redes sociais”, explicou Fontaine Araújo.
Estudo recente conduzido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revela que nas redes sociais as mentiras se espalham dez vezes mais rapidamente que a verdade. Segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), atualmente a desinformação representa o principal risco global para o enfrentamento de crises, nas quais se incluem as mudanças climáticas e também a saúde das populações.
Procedimento seguro e fundamental
De acordo com Fontaine Araújo, um mito que é comumente divulgado diz respeito à radiação emitida pelo exame de mamografia.
“É fundamental esclarecer que a dose de radiação em um exame de mamografia é muito baixa, sendo considerado um procedimento seguro, sem contar que o benefício da realização supera um eventual malefício”, exemplifica o presidente do CRTR16.
Sobre o desconforto durante o exame, relatado por algumas mulheres e amplificado pelas redes sociais, o presidente do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia afirma que esta é uma condição suportável que pode ser minimizada com as técnicas adequadas. “Em tese o exame não deve provocar dor.
Porém essa condição vai depender do aspecto da estrutura, do grau da doença, e principalmente da técnica de manobra aplicada”, finalizou Fontaine Araújo.
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