Mais de dez dias após o início do serviço de ortopedia, o Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba, ainda não realizou cirurgias. O centro cirúrgico da unidade não ficou pronto a tempo da abertura, em 7 de fevereiro, e segue com equipamentos em montagem.Até esta quarta-feira (19), o hospital recebeu apenas atendimentos de baixa e média complexidade, como imobilização de membros e colocação de gesso.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a empresa responsável pela montagem dos equipamentos segue o trabalho, mas não há prazo para início das cirurgias.
O serviço de ortopedia no hospital faz parte do plano do governo do estado para criar “barreiras ortopédicas” e reduzir a demanda do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Essa é a primeira barreira ortopédica do plano a entrar em funcionamento. A unidade tem capacidade para realizar seis cirurgias por plantão e custa R$ 900 mil por mês, com recursos do Ministério da Saúde. Desde o início das atividades, o hospital atendeu 118 pacientes, todos com casos simples.
O setor de ortopedia conta com dois consultórios, oito leitos clínicos, duas enfermarias, sala de gesso, medicação, sutura e um centro cirúrgico.
O atendimento é regulado, ou seja, os pacientes precisam ser encaminhados por outras unidades de saúde ou pelo Samu. A unidade atende moradores de Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Extremoz, São José de Mipibu, Parnamirim e Ceará-Mirim.
Funcionários da unidade relataram que, mesmo sem a realização de cirurgias, houve redução no número de pacientes ortopédicos nos corredores.
A implantação das barreiras ortopédicas gerou resistência inicial dos municípios, que alegaram falta de estrutura para absorver a demanda. Após mediação judicial solicitada pelo Ministério Público do RN, a Justiça determinou a participação dos municípios no financiamento do serviço.
Em dezembro, o Ministério da Saúde autorizou o custeio integral de um pronto-socorro ortopédico no hospital de Macaíba, e os municípios da Região Metropolitana aprovaram a implantação do serviço.
Fonte: Agora RN