Greve dos terceirizados da saúde chega ao 8º dia; trabalhadores do Estado e Natal se juntam em ato

A greve dos terceirizados da saúde entrou no 8º dia nesta terça-feira (28). Mais uma vez, os trabalhadores fizeram um ato nas primeiras horas da manhã em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, e depois saíram em caminhada em direção ao Centro Administrativo do Estado, onde fica a Governadoria.

Os trabalhadores reclamam de atraso no pagamento de salário (dezembro de 2024), vale-alimentação (desde setembro de 2024), 13º salário e férias. Eles são empregados de empresas como JMT, Clarear, Fênix e Fortex, que por sua vez têm contratos com o Governo do Estado e com a Prefeitura do Natal para fornecimento de mão de obra.

As empresas alegam que não efetuaram o pagamento dos trabalhadores em dia porque não receberam repasses dos órgãos públicos.

De acordo com o Sindhoteleiros, sindicato que representa funcionários dos setores de nutrição e lavanderia, nas últimas horas os trabalhadores que prestam serviços em hospitais da rede estadual começaram a receber o salário de dezembro de 2024 e uma parcela do vale-alimentação. Com isso, alguns trabalhadores decidiram voltar ao trabalho, mas a paralisação segue com adesão de outros grupos.

Já na rede municipal, segundo o sindicato, o atraso persiste. Nesta terça-feira, trabalhadores decidiram aderir à paralisação (que estava concentrada em trabalhadores do Estado) e cruzaram os braços no Hospital-Maternidade Araken Pinto, no Hospital dos Pescadores e também em algumas unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento (UPA).

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap) informou que efetuou um repasse de mais de R$ 4 milhões para as terceirizadas e que novos pagamentos estavam previstos para acontecer nas últimas horas – regularizando aos poucos a situação.

Já a Secretaria de Saúde de Natal (SMS) disse que está pagando nesta terça-feira (28) o repasse de dezembro. Sobre o vale-alimentação que está em atraso desde setembro, a SMS disse o seguinte: “A SMS reforça o compromisso de realizar os repasses referentes às faturas do ano 2025 dentro dos prazos especificados, e que vem mantendo o diálogo com representantes das empresas e dos sindicatos para negociar pagamentos de exercícios anteriores.

”Assédio moral

De acordo com o Sindhoteleiros, além do atraso nos pagamentos, os trabalhadores terceirizados do Município de Natal reclamam de suposto assédio moral praticado por supervisores. Os funcionários dizem que estão sendo ameaçados de demissão caso aderissem à paralisação, além do corte nos salários pelos dias paralisados.

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