O vereador Eribaldo Medeiros (REDE) denunciou o crescimento de pessoas em vulnerabilidade em Natal. Segundo ele, a capital potiguar tem cerca de 2 mil pessoas em situação de rua. “Nós tomamos conhecimento de que prédios, inclusive o depósito da Receita Federal, foram arrombados. Não só o da Receita Federal, como tantos outros prédios ali em torno da Ribeira”, disse ele, em sessão na Câmara Municipal nesta quarta-feira 27.
“Nós sabemos que existem as questões desses moradores que são viciados em drogas, outros por causa de desilusão amorosa, outros porque foram expulsos das próprias residências. Então o problema é grave e será um desafio para a próxima legislatura. É preciso que haja política pública voltada para essas pessoas. É preciso recolher essas pessoas”, disse o vereador.
Para ele, é necessário ainda que haja um recolhimento de forma coercitiva das pessoas em situação de rua para tratamentos. “E, ao mesmo tempo, capacitar essas pessoas para o campo de trabalho. Porque se não fizer esse trabalho, essa força-tarefa, a cada dia a violência vai aumentar em Natal”.
Eribaldo Medeiros relata um aumento no furto de fios e associa situação ao uso de drogas. “Um exemplo maior é uma rua que eu transformei nas Rocas, por três vezes roubaram a fiação de lá. Eu já não aguento mais. Trouxe qualidade de vida para as pessoas, iluminei a rua, mas nós já gastamos tanto, quase R$ 5 mil de fios naquele espaço da Rua do Lixo, que é a Mestre Lucarino, toda fiação que nós colocamos lá, iluminação, é furtada exatamente por esses moradores em situação de rua. Então, é grave o que nós estamos enfrentando e vai chegar um ponto dessas empresas, supermercado, mercearia, ser saqueada por essa população”.
Ele acredita que é preciso uma força-tarefa do Poder Executivo para resgatar essas pessoas. “Quem tem que socorrer somos nós, a Casa Legislativa, o Poder Executivo Municipal, o Estado Federal. Então, faço aqui um apelo que a SEMTAS [Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social], junto com tantos outros órgãos, comece a fazer um trabalho com esses moradores de rua, não adianta ter só albergue, não adianta ter só alojamento, tem que se tratar. Ao mesmo tempo, capacitar para que trabalhem”, pontuou.