Um laudo pericial encomendado pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte concluiu que a realocação do canteiro de obras na Ponte de Igapó, em Natal, poderia ser feita em uma área próxima, às margens da BR-101.
A proposta utilizaria como alternativas a instalação de passarelas sobre a área de preservação, plataformas e passarelas flutuantes, guincho de materiais, abertura de janelas em passarelas da ponte para escadas de acesso. Para isso, o laudo cita que haveria a necessidade de licenças ambientais e adaptações logísticas, além de um custo extra de R$ 4 milhões, que representa 19,6% do contrato da reforma.“Diante de todo exposto nas seções anteriores, conclui-se que é tecnicamente, em termos de engenharia, possível remanejar o canteiro de obras para o local indicado nesta ação judicial, tendo de ser realizada a obra conforme ou similarmente ao planejamento e custos apurados pela perícia (…) que o remanejamento do canteiro impactaria positivamente no trânsito local com melhorias no fluxo e assim diminuindo as retenções constatadas”, aponta trecho do laudo. O documento tem 59 páginas e foi assinado, no dia 20 de setembro, pelos engenheiros civis Vinicius Leite Silveira e Alexandre da Costa Pereira.Além da elevação de R$ 4 milhões no orçamento, o laudo cita que as mudanças poderiam acarretar em aumento de 11 meses para a execução da obra.
Em manifestação preliminar que consta no documento, o Dnit alegou que a decisão de retirar o canteiro de obras dentro da área de preservação permanente – APP considerou uma série de variáveis, tais como menor impacto ambiental, desnecessidade de licença ambiental para o canteiro por se encontrar em faixa de domínio; desnecessidade de Suprimir a Vegetação em local protegido e segurança operacional da obra e de seus trabalhadores, uma vez que o canteiro encontra-se em área conflituosa de facções criminosas rivais.
Em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, a Jatobeton Engenharia LTDA, sediada em Recife e empresa vencedora da licitação para as obras, disse que está com prazo em curso para se manifestar sobre o laudo pericial, e “entende que alguns pontos técnicos aventados precisam ser esclarecidos”.
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