As mensagens trocadas por assessores de Alexandre de Moraes, que deram origem ao escândalo que O Antagonista apelidou de Vaza Toga, mostram que a estrutura montada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater fake news serviu até para levantar informações sobre um dos responsáveis por reformar o apartamento do ministro.
Em reportagem publicada nesta sexta-feira, 16, a Folha de S. Paulo, que diz ter “mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocadas via WhatsApp por auxiliares de Moraes”, informa que Wellington Macedo, policial militar lotado no gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), “utilizou o órgão de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para levantar informações sigilosas sobre uma pessoa que faria uma obra na casa do ministro”.
O jornal diz que as conversas entre Macedo e Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, “indicam o uso de banco de dados da Polícia Civil de São Paulo para as pesquisas de informações que não podem ser obtidas em plataformas de acesso público”.