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Trump diz que Israel e Hamas assinaram primeira fase de acordo para paz em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta quarta-feira, 8, que Israel e Hamas assinaram a “primeira fase” do acordo para cessar o conflito na Faixa de Gaza.

“Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas aprovaram a primeira fase do nosso Plano de Paz”, afirmou Trump na rede Truth Social. “Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve, e que Israel retirará suas tropas até uma linha acordada, como os primeiros passos rumo a uma paz forte, duradoura e eterna. Todas as partes serão tratadas com justiça. Este é um grande dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América.

Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para tornar possível este evento histórico e sem precedentes. Benditos sejam os pacificadores!”A organização islâmica já tinha afirmado, na semana passada, que concordava com partes da proposta e que estava disposta a negociar outras. O documento elaborado pelos EUA estabelece que Gaza deverá ser uma zona “desradicalizada”, ou seja, sem grupos radicais.

Sob o documento, o enclave passará por reconstrução com apoio de um comitê composto por palestinos qualificados e especialistas internacionais. A supervisão será feita por um novo órgão internacional de transição, o “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro Tony Blair.

O plano determina que as “forças israelenses se retirarão para a linha acordada para se preparar para a libertação dos reféns”, ao passo que o Hamas terá até 72 horas para entregar todos os reféns, acrescentando: “Durante esse período, todas as operações militares, incluindo bombardeios aéreos e de artilharia, serão suspensas, e as linhas de batalha permanecerão congeladas até que sejam reunidas as condições para a retirada completa e gradual”.

Guerra em númerosA guerra entre Israel e Hamas teve início no dia 7 de outubro de 2023, quando terroristas comandados pelo grupo realizaram um ataque que resultou na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de outros 251.Mais de 67 mil palestinos foram mortos — entre eles, 453 por fome, incluindo 150 crianças — e 169.600 ficaram feridos, mostram dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Isso significa que pelo menos 10% da população de Gaza, estimada em 2,2 milhões antes do confronto, foi morta ou ferida em 24 meses de guerra.

O governo israelense nega os números e alega que a contagem não difere entre civis e membros do grupo radical, mas organizações humanitárias e um ex-general das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, concordam com a estimativa e alertam que pode se tratar de uma subnotificação, já que há palestinos soterrados em escombros de casas e prédios devastados pelos ataques. O Centro de Satélites da ONU afirma que pelo menos 102.067 prédios foram destruídos. No momento, Israel controla 75% do território.O rastro de escombros é 12 vezes maior do que a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito.

De cada 10 edifícios que antes existiam em Gaza, oito foram danificados ou arrasados. Encurralada, restou à população de Gaza tentar fugir dos bombardeios. Mais de 1,9 milhão de pessoas, ou 90% do enclave, foram deslocadas, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). Em Israel, em comparação, cerca de 100.000 pessoas tiveram de deixar suas casas.Em meio à escalada da violência, 22 dos 36 hospitais de Gaza fecharam as portas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Trata-se de um somatório de problemas:

ataques israelenses aos prontos-socorros sob acusações de que o Hamas usava os prédios como esconderijos, uma alegação rejeitada pelos militantes; sobrecarga da equipe médica e colapso do sistema de saúde do território, reflexo do elevado número de feridos; e falta de equipamentos, medicamentos e combustível, consequência do bloqueio parcial de Israel à entrada de ajuda humanitária. Os 14 hospitais restantes funcionam de forma limitada.

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