Além dos inúmeros benefícios para o corpo, a prática regular de atividade física desempenha também um papel essencial na saúde mental. Pesquisas indicam que o exercício contribui diretamente para a redução dos sintomas de ansiedade e depressão, promovendo bem-estar e qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem praticar entre 150 e 300 minutos semanais de atividade física moderada ou 75 a 150 minutos de exercício intenso para manter a saúde em equilíbrio. Ainda segundo a entidade, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum transtorno mental, sendo a depressão a principal causa de incapacidade global.
A psicóloga Verônica Lima, da Hapvida em Natal, explica que os efeitos positivos do exercício vão além da conhecida liberação de endorfina. “Durante a prática de atividade física, há uma série de alterações neuroquímicas benéficas. O cérebro libera neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina, que ajudam a regular o humor, aliviar o estresse e reduzir os sintomas de ansiedade e depressão”, afirma ela.
Além das respostas químicas, o exercício também influencia fatores comportamentais importantes. “A prática regular ajuda a estabelecer rotinas saudáveis, melhora a autoestima e proporciona um senso de conquista e autocuidado. Esses fatores impactam diretamente na prevenção e no controle dos transtornos mentais, uma vez que todo e qualquer transtorno mental começa com a ansiedade”, completa Verônica.
Entre as modalidades mais indicadas para quem busca melhorar a saúde emocional estão as atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, dança e ciclismo.
Exercícios em grupo podem potencializar os efeitos por promoverem interação social e apoio mútuo. Já práticas como yoga e pilates, que integram movimento e respiração, são grandes aliadas no controle da ansiedade.
Para pacientes que já possuem diagnóstico de ansiedade ou depressão, a recomendação é buscar acompanhamento psicológico e médico, iniciando os exercícios de forma gradual e adaptada à realidade de cada um.
“O mais importante é que a atividade física seja prazerosa e compatível com as possibilidades individuais. Quando o exercício se torna um hábito, os resultados para a mente e o corpo são transformadores”, reforça a psicóloga.